Publicamente contra a comissão, Renan reiterou em seguida que ainda precisa negociar com os líderes da Casa a data das próximas etapas anteriores à abertura das investigações. Embora a oposição tenha conseguido uma assinatura a mais do que o necessário - o requerimento recebeu a adesão de 28 senadores -, a CPI ainda não está garantida. Isso porque, regimentalmente, os senadores podem retirar seu apoio. Na noite de quarta-feira, 26, quando se confirmou a coleta da quantidade de nomes necessários, governistas já começaram a trabalhar para convencer adeptos da CPI a retirarem o apoio.
Os próximos passos, a partir de agora, são marcar a data de leitura do requerimento de CPI no plenário e fazer a conferência de assinaturas. Renan disse que, ainda nesta sexta-feira, 27, vai conversar com as lideranças partidárias para avaliar a melhor data para isso.
Até a meia-noite do dia em que o pedido de investigação for lido no plenário, os senadores podem retirar assinaturas. Caso a investigação continue tendo o apoio de, no mínimo, 27 parlamentares, a comissão de inquérito é instalada. Para isso, contudo, Renan ainda precisará indicar os membros da CPI. Para minimizar os danos ao governo em ano eleitoral, a estratégia será tentar colocar um peemedebista na presidência e um petista na relatoria do colegiado..