No início da manhã, o vice-líder do PSDB na Casa, Alvaro Dias (PR), protocolou o pedido de abertura de comissão com 28 assinaturas, um a mais que o mínimo necessário para realizar a apuração. Aécio Neves disse que vai cobrar que o pedido de CPI seja lido pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), até a próxima terça-feira. A partir do momento em que Renan fizer a leitura, os senadores terão até a meia noite daquele dia para retirar ou incluir as assinaturas.
O tucano disse que ainda vai trabalhar para tentar viabilizar uma CPI composta por senadores e deputados. Ontem à noite, os responsáveis por coleta de assinaturas na Câmara já haviam superado o número mínimo de 171 apoios, mas ainda não tinham protocolado o pedido de CPI mista.
Aécio Neves chamou de "vergonhosa" a pressão que integrantes da base aliada fazem em parlamentares para retirar as assinaturas e inviabilizar a instalação da CPI. O jornal
O Estado de S.
revelou hoje que líderes como Gim Argello (PTB-DF) vão trabalhar para retirar as adesões. "É quando eu entro em cena, sou especialista nisso. Vamos conseguir trabalhando caso a caso para retirarem as assinaturas às cinco para a meia noite (do dia que o requerimento for lido em plenário)", disse o petebista, que foi surpreendido com a adesão de Clésio Andrade (PMDB-MG) e Eduardo Amorim (PSC-SE).
Para o tucano, a atuação é uma ameaça à dignidade do Parlamento. "Não acredito que nenhum senador que colocou a sua assinatura vai tirar. Mas apenas a movimentação no submundo da política por parte de lideranças do governo mostra um desespero de um governo que, a meu ver, vive os estertores para o bem do Brasil", afirmou..