A uma semana de se desincompatibilizar do cargo, o governador Antonio Anastasia (PSDB) reuniu, na manhã desta sexta-feira, o secretariado e outros colaboradores de 1º e 2º escalões para anunciar investimentos de R$ 8,11 bilhões para este ano. Na ocasião, também foram apresentados os resultados da administração entre 2011 e 2013. Anastasia assumiu o governo em março de 2010, quando o então governador Aécio Neves (PSDB), eleito em 2002 e reeleito em 2006, se desincompatibilizou para disputar uma vaga ao Senado.
No próximo dia 4, Anastasia deixa o governo – em seu lugar assume o vice-governador Alberto Pinto Coelho (PP) - para participar da coordenação do programa de governo do pré-candidato à Presidência da República, senador Aécio Neves. O tucano poderá participar do processo eleitoral deste ano também como candidato ao Senado.
“Não sou candidato individual, vai depender da combinação do grupo político. Estou animado, vamos ver”, avaliou o governador, que informou também que vai “tirar merecidas férias”, sem precisar data de retorno a Minas. Tratar do futuro político, portanto, apenas na volta do descanso.
Servidores efetivos
Anastasia reiterou informações da secretária de Educação, Ana Lúcia Gazzola, dadas nessa quinta-feira, de que o Estado vai analisar a situação de cada um dos 57 mil servidores públicos efetivados sem concurso público, que deverão ser exonerados segundo decisão do Supremo Tribunal Federal. Nessa quinta-feira, a Corte considerou inconstitucional a lei aprovada na Assembleia Legislativa que, em 2007, deu estabilidade a esses funcionários sem prévio processo de seleção. “Vamos fazer um diagnóstico muito meticuloso sobre cada situação, orientados pela AGE (Advocacia-Geral do Estado) para garantir direitos dos funcionários, em especial previdenciário”, garantiu o governador.
Investimentos
De acordo com planilha divulgada pelo governo de Minas, dos R$ 8,11 bilhões de investimentos previstos para este ano, a maior parte irá para o transporte, R$ 2,69 bilhões. As demais prioridades do governo são saúde (R$ 900,2 milhões); educação (R$ 247,9 milhões); segurança pública, com R$ 236,2 milhões..