"Se cabe esclarecimentos sobre outros assuntos que eles sejam dados por quem de direito". Para ele, as decisões sobre objeto da CPI devem ser tomadas pelo Congresso Nacional, com total independência. "Todos os gestores municipais e estaduais devem estar abertos a favorecer o controle social, os esclarecimentos à sociedade, aos organismos de controle".
"Mas, agora, neste momento, a sociedade quer saber o que há com a Petrobras, como nós brasileiros vamos ajudar a Petrobras a melhorar", disse. "É isso, não é um debate eleitoral, investigue aquilo se não investigo aquilo outro. Que se investigue tudo, com a maior tranquilidade do mundo", disse. "Em hora nenhuma isso deve ser colocado como um cabo de aço eleitoral ou político", complementou o governador. "É uma questão objetiva: nós temos uma empresa, a maior brasileira, que nos últimos três anos perdeu a metade do seu patrimônio, multiplicou sua dívida por quatro e tem um conjunto de circunstâncias que levaram o parlamento a tomar uma decisão por sua investigação".
A seu ver, a sociedade não vai deixar que se tire o foco da Petrobras. "A sociedade brasileira merece, tem o direito de ser esclarecida sobre o que houve na Petrobras", defendeu. "Não quer dizer que todas as pessoas que trabalham na Petrobras têm culpa ou todos que dirigiram a Petrobras têm culpa, mas alguém errou e a gente precisa blindar a empresa de novos erros no futuro", disse. "E se porventura alguém errou com dolo, com culpa, tem de pagar porque se trata de uma empresa pública importante para o desenvolvimento brasileiro".
O pré-candidato à presidência da república deu entrevista depois de assinar seis decretos para criação de áreas de conservação de caatinga e mata atlântica, em um evento no Palácio do Campo das Princesas, quando o secretário estadual do Meio Ambiente, Sérgio Xavier (PV) fez um balanço das ações da secretaria criada no segundo governo Campos.
O governador relembrou que a CPI da Petrobras "surgiu em função de movimentos do próprio governo, quando a presidência da republica, respondendo a uma nota do jornal O Estado de S. Paulo diz que fez um negócio numa refinaria (Pasadena, na California) e não teria feito se soubesse o que estava nos documentos que não chegaram à reunião do conselho de administração". Depois disso, apesar dos pedidos, o governo não enviou imediatamente ao Congresso Nacional as pessoas que poderiam esclarecer o assunto..