Ao mesmo tempo, Berzoini terá como missão imediata trabalhar para ganhar a questão jurídica da futura CPI: que seu foco possa ser ampliado para que ela possa incluir outras questões, além da Petrobras.
Com respaldo do PT e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Berzoini chega ao Planalto para dividir o poder com o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, que até agora reinava absoluto, já que Ideli Salvatti estava completamente desgastada. Mercadante, que estava procurando trabalhar nos bastidores na coordenação política, já conversou com Berzoini e os dois dividirão a função com os líderes governistas de encontrar os nomes "a dedo" para compor a comissão parlamentar. Auxiliares da presidente asseguram que a parceria entre os dois está azeitada e que Berzoini chegará reforçado.
O ideal para o Planalto era que, neste fim de semana, Berzoini estreasse nas suas funções, mesmo sem ter assumido o cargo. O objetivo seria conseguir reverter assinaturas de parlamentares da base aliada das listas da CPI. Mas, como já não se trabalha mais com esta hipótese, o que a presidente Dilma espera dele é que consiga montar uma Comissão Parlamentar de Inquérito Mista, com assuntos que envolvam também temas problemáticos para a oposição e que, quando ela for instalada, na próxima terça feira, os nomes governistas já estejam certos para ocupar suas cadeiras.
O desenho que está sendo trabalhado pelo Planalto é que o presidente da CPMI será o senador João Alberto (PMDB-MA). O relator terá seu nome discutido no fim de semana, mas será do PT.
Berzoini assume o posto no lugar de Ideli Salvatti, que assumirá a Secretaria de Direitos Humanos. Desde que a presidente Dilma Rousseff assumiu o governo, em janeiro de 2011, serão 13 trocas de ministros. A posse deles está agendada para a próxima terça-feira, às 11h..