Segundo a procuradora Inês Virgínia Prado Soares, uma das idealizadoras e organizadoras do evento, o objetivo é chamar a atenção da população para o aniversário do golpe e estimular a memória, para que atentados à democracia não se repitam no País. "O Ministério Público sempre teve um compromisso forte com temas da memória, verdade e justiça", afirmou. "Com esse projeto nós renovamos esse compromisso e criamos uma novo marco da memória sobre o golpe. Marcos como esse são uma garantia da repetição dos fatos e também da reparação simbólica das vítimas."
A exposição tem como curadores o fotógrafo André Bueno e o grafiteiro Jejo. Foram eles que convidaram os oito artistas para produzirem obras especialmente para o evento. Cada um deles enviou trabalhos com dois metros de altura, que foram unidos e costurados em dois painéis gigantes, com dez metros de altura, por quatro de largura.
"Escolhemos o grafite por se tratar de uma linguagem jovem e muito direta", explicou a procuradora Inês Virgínia.
Entre outras autoridades, participaram do evento o procurador-chefe do MPF em São Paulo, Pedro Barbosa Pereira Neto; o secretário de Direitos Humanos da Prefeitura de São Paulo, Rogério Sottili; o representante da Cátedra da Unesco, Sérgio Adorno; o presidente do Tribunal de Justiça Militar do Estado, Paulo Adib Casseb; e o coordenador do Arquivo Público, Izaías José de Santana..