Campos chegou ao restaurante pouco antes das 21h na companhia do secretário da Fazenda e pré-candidato ao governo estadual, Paulo Câmara, e do prefeito do Recife, Geraldo Julio, ambos do PSB. O governador passou cerca de uma hora circulando entre as mesas para cumprimentar deputados estaduais, desembargadores, juizes, prefeitos e ex-prefeitos aliados. Em seguida, fez um discurso de agradecimento pelo tempo de convivência com as autoridades ao longo dos últimos sete anos.
Não faltaram gestos para com dois convidados em especial: o escritor Ariano Suassuna e o vice-governador João Lyra (PSB), que assume o governo estadual no próximo dia 4 de abril. Eduardo lembrou que era um sinal de prestígio conseguir tirar Ariano de casa para um evento naqueles moldes. Com Lyra, trocou abraços e posou sorridente para fotos como forma de afastar os rumores de que a transição entre os dois está sendo difícil.
Em seu discurso, Campos explicou por que não chegou ao restarante acompanhado da esposa Renata Campos, que surgiu no evento após a chegada do governador (Ela ficou cuidando de Miguel. Quando se trata de Miguel, ele ganha todas).
Campos citou algumas de suas ações como governador e enfatizou que foi um "defensor intransigente" da constituição e da autonomia dos poderes Judiciário e Legislativo. Apesar da companhia de Paulo Câmara, o governador não fez qualquer tipo de menção ao afilhado político no discurso e também evitou palavras mais duras contra os adversários a exemplo do que vem fazendo no giro pelo estado e pelo país em eventos do PSB e do governo estadual.
O governador afirmou que, além da agenda administrativa, os últimos dias do seu mandato serão marcados por costuras políticas para afinar a transição com Lyra. Prestes a assumir o governo, o vice-governador garantiu que está tudo bem entre os dois e não quis dar detalhes das mudanças no secretariado. "Eduardo ainda tem algumas conversas para fazer e eu também. Na quinta, anuncio o secretariado", informou..