O PSB decidirá este mês se indicará o candidato a vice de Miro e se o deputado Romário (PSB-RJ) disputará o Senado. A aliança com Miro, decidida em reunião da executiva estadual, foi anunciada em nota da direção nacional do partido, que destacou como prioridade a eleição de Campos.
A nota reproduziu declaração do vice-presidente do PSB-RJ, deputado Glauber Braga: "O PSB tem um projeto nacional para mudar o Brasil, que é a eleição de Eduardo Campos para a Presidência da República, em aliança com Marina Silva, da Rede Sustentabilidade. O deputado federal Miro Teixeira faz parte desse projeto, pois teve papel importante na formação da Rede. Esperamos que isso seja um indicativo de aprofundamento e consolidação da aliança PSB-Rede no Rio de Janeiro", disse Braga.
Ciro Gomes, convidado a fazer parte da coordenação da campanha de reeleição de Dilma, disse, no mês passado, que a decisão de Miro no Rio teria seu "apoio e respeito", ao ser questionado sobre a aliança do PROS com Eduardo Campos no Estado.
Campos tenta conquistar, no Rio, o eleitorado que, em 2010, deu a Marina Silva, então candidata a presidente pelo PV, o segundo lugar, atrás de Dilma e à frente do tucano José Serra. Também busca o eleitor que não demonstra entusiasmo por nenhum dos cinco pré-candidatos a governador já anunciados, quatro deles da base da presidente: Anthony Garotinho (PR), Marcelo Crivella (PRB), Lindbergh Farias (PT) e Luiz Fernando Pezão (PMDB). O ex-prefeito Cesar Maia (DEM) também lançou a pré-candidatura.
Depois de ajudar Marina na construção da Rede Solidariedade, Miro Teixeira deixou o PDT e ingressou no PROS em outubro passado, quando o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) vetou a criação do novo partido.
No dia do anúncio do apoio a Miro no site do PSB nacional, militantes publicaram comentários com críticas à decisão e em defesa de candidatura própria dos socialistas ao Palácio Guanabara. O deputado Alfredo Sirkis (PSB-RJ) lançou a pré-candidatura a governador no mês passado e considera precipitada a aliança com Miro desde agora. Ele defende que as discussões continuem até junho, quando os partidos fazem convenções..