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Estado de Minas

Ministro das Comunicações pede apuração de 'todos os casos em discussão'


postado em 01/04/2014 14:26

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, defendeu nesta terça-feira, a instalação de uma CPI para apurar não apenas as suspeitas de irregularidades sobre a Petrobras, "mas todos os casos que estão em discussão". O ministro destacou entre esses outros casos as denúncias envolvendo empresas acusadas de cartel no metrô de São Paulo. A fala do ministro faz parte de uma estratégia do governo de usar a CPI para desgastar a oposição e minimizar potenciais efeitos eleitorais.

"Eu acho que a gente deveria fazer uma CPI e apurar todos os casos que estão aí em discussão. Porque normalmente o que acontece é que as pessoas tratam assim: 'CPI, nos olhos dos outros é refresco'. Então, vamos fazer uma CPI da Petrobras. Mas por que não faz uma CPI daquele negócio do metrô?", questionou Paulo Bernardo a jornalistas, após a cerimônia de posse dos novos ministros das secretarias de Relações Institucionais e de Direitos Humanos.

"Porque, vamos ser sinceros, tudo indica que teve uma roubalheira naquele caso (do metrô de SP), até Tribunal de Contas do Estado está envolvido nisso, por que não faz e apura logo tudo? Acho que essa é a melhor (saída)", prosseguiu.

Refinaria


O jornal O Estado de S.Paulo revelou na edição desta terça que o presidente da Petrobras América em 2007, o engenheiro Alberto Guimarães, se opôs à proposta da estatal de comprar metade da refinaria de Pasadena, acordada em US$ 700 milhões em dezembro daquele ano e posteriormente vetada pelo Conselho de Administração da estatal. Em e-mails enviados em setembro de 2007 a diretores da companhia no Brasil, o executivo manifestou ceticismo em relação ao preço que estava sendo negociado e disse que discordava da aquisição.

Questionado sobre o assunto, Bernardo comentou que acha "normal e democrático que não haja consenso sobre decisões".

"Acho que está saindo muita matéria, precisamos verificar o que tem de verdade nisso aí. Talvez seja até bom fazer investigação para esclarecer tudo isso", disse o ministro. "Por que a presidente (Dilma Rousseff) teria de ter alguma responsabilidade nisso (na compra da refinaria)? Acho até normal e democrático que não haja consenso sobre decisões."


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