O presidente do PSDB e presidenciável, senador Aécio Neves, voltou a criticar nesta terça-feira a tentativa do governo de barrar a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar denúncias envolvendo a Petrobras. Para o tucano - que tem comandado a articulação da oposição para viabilizar as investigações da estatal -, a mobilização para criar empecilhos dentro da CPI fere o regimento do Senado. “Querer criar dentro da CPI, já protocolada, subterfúgios para que as investigações não ocorram, como eu disse, é zombar da sociedade brasileira”, criticou. Aécio participou hoje, em São Paulo, do Fórum Panrotas 2014, considerado o principal evento de debates do setor de turismo.
O tucano disse que a CPI pretende verificar o “modus operandi” e o estilo da governança exercido na Petrobras no período, e se houve “má-intenção” nas atitudes que resultaram na compra da refinaria de Pasadena, nos EUA, baseada em um relatório 'falho', conforme informou a presidente Dilma Rousseff. “O que queremos não é condenar previamente absolutamente ninguém. Mas precisamos saber qual o modus operandi, qual o estilo de governança que a Petrobras tem, e se houve efetivamente nessas decisões que lesaram a companhia, lesaram os investidores, lesaram a população brasileira, que, em última instância, é sua proprietária, se houve dolo, má-intenção”, afirmou.
Sobre a intenção dos governistas de criar outra CPI para apurar denúncias de irregularidades no metrô de São Paulo, o tucano disse que “são bem vindas”. “Respeito posições de governistas que querem fazer investigações sobre outras áreas. Que façam. Elas são bem vindas. Se houver o fato determinado, que ocorram. O governo tem maioria”, analisou.