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Estado de Minas

Anistia Internacional lança campanha contra a impunidade


postado em 02/04/2014 00:12 / atualizado em 02/04/2014 08:00

A organização da sociedade civil Anistia Internacional Brasil lançou  nessa terça-feira a campanha 50 Dias Contra Impunidade, na frente da Câmara Municipal do Rio, na Cinelândia. O objetivo é colher assinaturas para revisão da Lei de Anistia, de 1979, para que agentes de Estado que cometeram crimes durante a ditadura militar possam ser punidos. Voluntários em outras cidades brasileiras, como Brasília, São Paulo, Goiânia (GO), Belém (PA), Dourados (MS) e Porto Alegre (RS), também se organizam para expandir a ação pelo país.

Quem passava pela Cinelândia se deparava com 20 placas que representavam o escudo e a bota usados pelo Exército. Nelas, estavam escritos fatos que marcaram a ditadura militar, como "1970: Criação do DOI-Codi e de outros centros de tortura" e "1981: Atentado do Riocentro". Em todas, a frase "Dê fim à impunidade. Assine a petição: anistia.org.br" completava a ação. Durante quase dois meses, cidadãos poderão assinar a petição online que apoia a revisão da Lei. "Não estamos apresentando uma proposta de lei. Queremos mobilizar a sociedade e chamar a atenção do Estado e do Legislativo para mostrar a importância de romper com esse ciclo de impunidade e completar a transição para a democracia, mandando uma mensagem clara para a sociedade e para o mundo: crimes contra a humanidade cometidos por agentes do Estado durante a ditadura não podem permanecer impunes", afirmou o diretor da Anistia Internacional Brasil, Átila Roque.

A campanha, lançada prioritariamente nas redes sociais para atingir os jovens, faz um paralelo entre os abusos no período da ditadura militar e na atualidade. Entre as peças estão fotos do jornalista Vladimir Herzog, morto no DOI-Codi de São Paulo, em 1975; da chacina da Candelária, quando policiais militares assassinaram meninos de rua no Rio, em 1993; e da auxiliar de serviços gerais Claudia da Silva Ferreira, arrastada por cerca de 350 metros por um carro da polícia no Rio, em março de 2014.

Centrais sindicais, movimentos estudantis e partidos de esquerda também fizeram ontem um ato contra a ditadura militar, na Praça da Candelária, Centro do Rio. Cerca de 150 pessoas com bandeiras ocuparam a praça no ato batizado  ato "Descomemoração do golpe militar de 1964". Apoiados por dois carros de som, sindicalistas e militantes se revezaram em discursos. Eles estenderam uma faixa com os dizeres "ditadura nunca mais". Cerca de 100 policiais militares acompanham o ato.


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