A SBM Offshore mantém contratos com a Petrobrás no Brasil. Nessa semana, a estatal informou que a sindicância interna, aberta para apurar denúncias de suborno a funcionários da companhia, não encontrou fatos ou documentos que evidenciassem o pagamento de propinas.
O comunicado divulgado pela empresa holandesa diz ainda que o restante do valor pago a agentes foi destinado aos Estados Unidos, Guiné Equatorial e Angola. O dinheiro foi obtido após investigação interna da companhia. O comunicado da SMB reconhece que "em relação ao Brasil há certo sinal de alerta" ("red flags" em inglês) sobre os pagamentos. Apesar disso, a investigação interna realizada desde o primeiro trimestre de 2012 "não encontrou nenhuma evidência crível de que a companhia ou o agente da companhia efetuou pagamentos indevidos a funcionários do governo - incluindo funcionários de empresa estatal". O comunicado não menciona nomes.
A investigação mostra que a maior parte do dinheiro pago no Brasil - US$ 123,7 milhões - foi destinado diretamente ao agente primário dessa empresa no País.
Uma denúncia anônima de um ex-funcionário da SBM Offshore acusa a empresa holandesa, que aluga navios-plataforma para petroleiras, de ter pago propina a empregados da Petrobrás. Segundo o denunciante, funcionários e intermediários da estatal brasileira teriam recebido propina para fechar negócios em um esquema que, só no Brasil, teria envolvido US$ 139,2 milhões. A cifra é semelhante à citada pela SBM nesta quarta-feira.
Além de descartar a hipótese de pagamento indevidos no Brasil, a empresa holandesa ressalta a importância do trabalho feito no mercado brasileiro. "Em vez disso (pagamento indevido), o agente prestou serviços importantes e legítimos em um mercado que é de longe o maior para a companhia", diz o comunicado da SBM.
Com relação aos demais países, a investigação interna mostrou que "há alguma evidência" de pagamentos "feitos direta ou indiretamente a funcionários do governo" de Angola e Guiné Equatorial..