"O governo não tem medo da CPI da Petrobras. O governo, inclusive, já enfrentou uma CPI da Petrobras em 2009 e 2010. A questão é que a tentativa da oposição tem objetivo eleitoral", argumentou o ministro, que estreou nesta semana na articulação política do Palácio do Planalto. Para Berzoini, não há crise política no governo. "É um momento de turbulência e aquecimento, mas decorrente da disputa eleitoral que se avizinha", insistiu.
Sobre o valor pago pela Petrobras na operação de compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, Berzoini ponderou que não é possível fazer uma comparação simples entre diferentes períodos. "Primeiro, porque o preço desses ativos varia de acordo com a conjuntura. Segundo, porque não se contabilizou os estoques e os investimentos feitos entre a compra original da Astra e a compra da Petrobras.
O ministro rebateu os ataques da oposição sob o argumento de que a gestão da Petrobras durante os governos do PT foi muito melhor que as do PSDB. No seu diagnóstico, a administração da estatal no governo Fernando Henrique Cardoso foi marcada por negócios "complicados" e pelo afundamento de uma plataforma de petróleo. Em 2001, a plataforma P-36 sofreu explosões e submergiu na bacia de Campos.
Volta, Lula
Berzoini garantiu que Dilma será candidata à reeleição e disse não haver possibilidade de sua substituição pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Meu slogan é 'Dilma de novo, com apoio do Lula e do povo'", afirmou, numa referência ao mote da campanha do então presidente Lula ao segundo mandato, em 2006.
Na sua avaliação, o ex-presidente pode voltar a disputar o Palácio do Planalto, mas somente em 2018. "É possível e vai depender da conjuntura. Nossa meta é reeleger Dilma. Fazer previsões para 2018 é tempo demasiadamente longo", disse Berzoini..