A oposição pediu a criação de uma CPI mista com o apoio de 232 deputados e 30 senadores. No início da tarde de hoje, foi a vez da base contra-atacar e contar com o apoio de 209 deputados e 32 senadores.
A bancada do PDT da Câmara foi a que contribuiu com o maior número de apoio para a criação das CPIs da base e da oposição. Dos 18 deputados do partido, 11 subscreveram os dois pedidos. Em segundo lugar, está o PR: dos 31 deputados do partido, oito assinaram os dois requerimentos, inclusive o ex-líder da bancada e ex-governador do Rio Anthony Garotinho. O PP, também com oito apoios, empata com o PR em número de apoios, mas a diferença é que a bancada progressista é maior, tem 39 integrantes.
O cruzamento revelou o apoio duplo de parlamentares do DEM (1), PCdoB (1), PDT (11), PMDB (6), PP (8), PPS (1), PR (8), PRB (4), PROS (1), PSD (6), PSDB (1), Psol (3) e SDD (5). O Psol foi o único partido com apoio unânime: Chico Alencar (RJ), Jean Wyllys (RJ) e Ivan Valente (SP).
A decisão sobre a criação das CPIs mistas só deve sair no dia 15 de abril, quando haverá a sessão do Congresso na qual serão lidos os requerimentos apresentados pela base e pela oposição. Antes disso, na próxima semana, o Senado decidirá qual das duas CPIs da Casa vai ser instalada, a oposicionista ou a "ampliada" governista.
O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Vital do Rêgo (PMDB-PB), disse na tarde de hoje que a decisão do plenário relativa à CPI exclusiva dos senadores deve servir de parâmetro para uma discussão sobre a abrangência das investigações da comissão mista da Petrobras.
Com Agência Estado .