Partidos de oposição à presidente Dilma Rousseff comemoraram ontem o resultado da pesquisa Datafolha, que apresenta uma queda de 6 pontos nas intenções de voto na petista. O tesoureiro do PSDB, deputado federal Rodrigo de Castro (MG), não escondeu o entusiasmo: “Ela (a pesquisa) retrata o desgoverno em que vive o país”.
A corrupção no governo petista – que agora pode ser alvo de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar desvios na Petrobras –, também foi lembrado pelo tesoureiro tucano. “O governo Dilma está se desmanchando. Foram vários erros da presidente Dilma que sofre o efeito da corrupção, da má administração do setor elétrico, entre outros”, disse Castro.
Para o tucano, o resultado da pesquisa mostra ainda a importância de informar à população que há outro caminho e nova proposta que podem resultar em um governo de maior qualidade. Oportunidade, que anima também o socialista Delgado. “Os eleitores precisam saber que eles têm oportunidade de mudança com as próximas eleições.
Estável
O não crescimento das intenções de voto no senador Aécio Neves (MG), pré-candidato à presidência, e também no ex-governador Eduardo Campos (PE), e também pré-candidato pelo PSB, não preocupam os dirigentes dos seus partidos. “Isso é normal. O senador Aécio Neves não tem a exposição da presidente Dilma. Mas tem como referência o governo de Minas. Está rodando todo o país e é muito bem acolhido. Durante a campanha, com maior exposição, isso vai se alterar”, explicou.
Para Júlio Delgado, a estabilidade das intenções de votos em Campos, que se desincompatibilizou somente ontem do governo de Pernambuco, também segue o roteiro previsto. Existem outras pesquisas feitas em estados como Bahia, Rio e interior de São Paulo, que mostram que quando se apresenta o eleitor a chapa completa com Campos e Marina, as intenções de votos crescem muito.
“O que chama a atenção na pesquisa Datafolha é que Marina Silva (Rede) aparece em segundo lugar depois da presidente Dilma, com 26% das intenções de votos. Claro que todo esse percentual não será transferido para Campos, mas pode chamar parte significativa de eleitores para o candidato do PSB”, disse Delgado. De acordo com o parlamentar, o quadro pode começar a se alterar a partir do dia 14, quando Marina anuncia que será candidata a vice-presidente na chapa de Campos.