A três meses do começo oficial da campanha, os dois oposicionistas têm enviado sinais cada vez mais claros ao mercado financeiro de que já definiram o "núcleo duro" de suas equipes econômicas e resgatarão os pilares do processo de estabilização da moeda promovido por Fernando Henrique Cardoso como mote eleitoral.
Não por acaso, o movimento da dupla acompanha o da Bolsa de Valores, que subiu na mesma medida que Dilma perdeu popularidade nas últimas pesquisas de opinião.
Em entrevista recente ao Estado, Resende declarou sua preferência: "Em nome da alternância e da mudança de ângulo, eu gostaria de ver um governo de Eduardo Campos e Marina Silva". Além dele, o ex-governador conta com o filósofo e economista Eduardo Giannetti, que se aproximou por intermédio da ex-ministra.
Outra fonte de inspiração para o ex-governador é o economista Pérsio Arida, ex-presidente do Banco Central. Já Aécio Neves elegeu como seu "porta-voz" no mercado financeiro o também ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga.
O tucano revelou na semana passada mais dois nomes de peso para seu time: José Roberto Mendonça de Barros, ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda entre 1995 e 1998, e Mansueto Almeida, ex-coordenador-geral de Política Monetária do Ministério da Fazenda. "Precisamos recuperar os pilares da economia que possibilitaram que o Brasil tivesse uma moeda forte. Os princípios do Plano Real são atuais", afirma o deputado Beto Albuquerque (RS), líder do PSB na Câmara. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo..