"Ele (Vargas) tinha um relacionamento muito íntimo com um doleiro que já tinha feito antes um acordo com a Justiça por causa de ilícitos graves. Você se relacionar com uma pessoa sabidamente à margem da lei não é compatível com o mandato", disse Mendonça Filho. "Ninguém pode representar interesses de um doleiro, que atua como uma lavanderia, junto ao Ministério da Saúde", complementou.
Mendonça Filho reconheceu haver um "paralelo" entre o caso e o do senador Demóstenes Torres (ex-DEM), cassado pelo Senado por suas ligações com o bicheiro Carlinhos Cachoeiro. "Há um paralelo. Era uma atuação com um bicheiro e agora a dele é com um doleiro e há também a acusação a ambos de lobby, de trabalhar defendendo os interesses", disse.
A investigação da PF sobre Vargas afirma que o deputado teria auxiliado o doleiro em negociações do laboratório Labogen com o Ministério da Saúde. Em uma das mensagens trocadas entre os dois, divulgada pela revista Veja, o doleiro afirma a Vargas que o negócio poderá lhes trazer "independência financeira".