O edital de licitação do Rodoanel Norte, que ligará a BR-381 de Betim até Ravena (distrito de Sabará), será publicado em breve. O anúncio foi feito ontem pelo governador do estado, Alberto Pinto Coelho, na posse do secretariado, na Cidade Administrativa, ao falar sobre a sua missão nos próximos nove meses de mandato. Segundo ele, o principal objetivo é dar celeridade a questões que mais recebem clamor da população, como a mobilidade urbana. “Já vamos colocar o edital de licitação do novo Rodoanel Norte. Além de ser a solução para equacionar o trânsito do Anel Rodoviário, representa um novo eixo de desenvolvimento na região”, afirmou. O governador disse ainda que pretende se reunir com o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, e prefeitos da região metropolitana para discutir a implantação do veículo leve sobre trilhos (VLT), que ligará o Aeroporto Internacional de Confins à capital.
O Rodoanel Norte terá 66,7 quilômetros de extensão e deve receber metade do fluxo atual do Anel Rodoviário de BH, por onde passam diariamente cerca de 140 mil veículos. Ao longo do trajeto, haverá oito praças de pedágio a R$ 7,50 com cobrança fracionada, em que o motorista paga apenas pelo trecho trafegado.
A empresa que vencer a licitação assinará um contrato de 30 anos de construção e exploração da rodovia, que deve ficar pronta em 2019. Caso o cronograma seja cumprido, as obras começam no ano que vem. O traçado passa por Betim, Contagem, Ribeirão das Neves, Pedro Leopoldo, Vespasiano, Santa Luzia e Sabará. Outros dois trechos também são previstos: o Rodoanel Sul, de Betim à BR-040, na saída para o Rio de Janeiro, e o Rodoanel Leste, em Sabará. O primeiro é de responsabilidade do governo federal, e o segundo, da Prefeitura de Belo Horizonte. “Esse governo tem políticas definidas, não deixaremos que metas não possam ser cumpridas”, ressaltou Alberto Pinto Coelho. Ele também disse que, logo, o estado começará a trabalhar no metrô de BH.
Ainda ao falar sobre a continuidade do governo de seu antecessor, Antonio Anastasia, Alberto Pinto Coelho retomou o pedido de um pacto nacional pela segurança pública. Ele já havia dito, na última sexta-feira, ao tomar posse do cargo, que a questão deve passar também pelo governo federal. “Não é possível estados e municípios terem responsabilidade em relação a essa questão, que perpassa por uma política nacional de coordenação, pelo policiamento fronteiriço desse país, pela questão do acesso ao armamento no crime e pela questão da droga, que permeia todas cidades. Portanto, é um problema com vários ângulos.” O governador, no entanto, garantiu que o estado cumprirá sua missão de levar segurança à sociedade com “todos os esforços a seu alcance.”