Depois de duas tentativas – sem sucesso – de chegar à Câmara dos Deputados, o analista de sistemas Dalmo de Assis Pereira, de 44 anos, quer tentar garantir seu mandato na Justiça.
Em abril de 2011, os ministros do STF decidiram por 10 votos a 1 que em caso de vacância deve assumir o primeiro suplente da coligação, que não precisa ser necessariamente do partido do titular. Com base nessa tese, o democrata foi efetivado na cadeira. No entanto, no entendimento dos advogados de Dalmo Pereira, a regra foi definida para o caso de deputado que se licencia para assumir cargos no Executivo, como ministro ou secretário de estado. Esse não é o caso de Azeredo, que renunciou ao mandato de deputado.
A defesa está se valendo de julgamento envolvendo a substituição do então deputado Clodovil – morto aos 71 anos, em março de 2009, vítima de um acidente vascular cerebral (AVC). O mesmo STF declarou que a vaga seria de Paes Lira (PTC), mesmo partido pelo qual o estilista havia sido eleito em 2008. A justificativa usada na ocasião foi a fidelidade partidária. Eleito pelo PTC, Clodovil migrou para o PR, que tentou continuar com a cadeira. Mas não conseguiu. A ação de Dalmo Pereira está nas mãos do relator, Luiz Fux, desde 27 de março, e não há previsão para o julgamento.