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Estado de Minas

Rede lança pré-candidatura do ambientalista Apolo Heringer e racha PSB

Com a bênção de Marina Silva, ambientalista protocola pré-candidatura ao governo do estado, mas sem o apoio do presidente estadual do partido socialista, que está fechado com os tucanos


postado em 09/04/2014 06:00 / atualizado em 09/04/2014 07:00

O ambientalista Apolo Heringer Lisboa (PSB) anunciou nessa terça-feira sua pré-candidatura ao governo de Minas Gerais, contrariando a direção da legenda no estado, que defende apoio a Pimenta da Veiga (PSDB). A articulação pelo lançamento de Apolo foi conduzida pela ex-senadora Marina Silva, da Rede Sustentabilidade, partido ainda não criado oficialmente, mas que fechou parceria com o PSB para as eleições de 2014. Na disputa presidencial de 2010, a ex-parlamentar foi a preferida pelos eleitores de Belo Horizonte no primeiro turno, com 560 mil votos. No estado, Marina teve 2,2 milhões de votos, 1,1 milhão de votos a menos que o segundo colocado, José Serra (PSDB). A presidente Dilma Rousseff (PT) teve 5 milhões de votos no primeiro turno no estado.

O anúncio da pré-candidatura de Apolo acontece quatro dias depois de o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), considerado o candidato natural da legenda ao governo do estado, divulgar carta comunicando ter desistido de entrar na disputa. Segundo Apolo, o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, presidente nacional do PSB, e Marina Silva estão discutindo a reorganização do partido em Minas.

O presidente estadual da legenda, deputado federal Júlio Delgado, não compareceu ao lançamento da pré-candidatura de Apolo, na sede do partido, na Zona Sul de Belo Horizonte. O vice-presidente do partido no estado, Mário Assad Júnior, o único representante da cúpula do PSB em Minas a acompanhar o pré-candidato em seu anúncio ontem, afirmou que a partir de agora vai tentar convencer os companheiros de legenda a abandonar o apoio a Pimenta e aderir à candidatura de Apolo. “O que define o nome é a convenção”, afirmou. Segundo Assad, o lançamento do ambientalista foi acertado com Marina Silva e integrantes da direção do PSB nacional. Eduardo Campos não participou diretamente do acerto mas, conforme o dirigente partidário, se mantém constantemente em contato com as decisões da ex-senadora. “Como foi possível ver no programa de televisão, os dois têm hoje uma harmonia muito grande”, afirmou.

Apolo negou um suposto acordo que teria sido fechado entre o senador Aécio Neves e Eduardo Campos, ambos pré-candidatos à Presidência da República, em torno de um palanque único em Minas Gerais. No acerto, o governador de Pernambuco não viria a Minas e o tucano não iria á terra natal de Campos. “A direção nacional da Rede me informou ontem (anteontem) e hoje (ontem) pela manhã que o PSB nega esse acordo com o PSDB de Minas”, disse. A ausência do acordo e a candidatura própria do partido em Minas são a garantia de palanque para Eduardo Campos em Minas.

Em carta enviada a Mario Assad, Marina defende a candidatura do ambientalista. “Nós, da Rede Sustentabilidade, apresentamos aqui o nome do professor Apolo Heringer Lisboa para a disputa do governo mineiro na próxima eleição. Gostaríamos que o PSB debatesse essa possibilidade por se tratar de personalidade política que goza do respeito da sociedade mineira e cuja candidatura teria potencial de atender aos anseios de mudança do eleitor do estado.” O texto segue pregando a necessidade de lançamento de nomes da legenda nas eleições. “Entendemos ser fundamental que tenhamos candidatura própria também em Minas, por sua importância política, econômica, social e cultural.”

Histórico O pré-candidato do PSB ao Palácio da Liberdade, que chegou a nadar no Rio das Velhas ao lado do então governador Aécio Neves em um programa de revitalização de cursos d’água em Minas, disse não ter se arrependido da parceria. Apolo é o criador do Projeto Manuelzão, de preservação ambiental. Aécio é hoje o principal cabo eleitoral de Pimenta da Veiga. “Eles é que têm que se arrepender de não terem continuado (o programa). É uma pergunta a ser feita a Aécio e Anastasia (o ex-governador Antonio Augusto Anastasia-PSDB):  por que abandonaram a revitalização do Rio das Velhas.” E ameaçou: “Espero que não usem imagens do rio na campanha deles. Se usarem, vou desmentir”.

Apolo demonstrou insatisfação também com o PT, partido pelo qual chegou a disputar eleição para deputado federal na década de 1980. “Conversei com a presidente Dilma na campanha em 2010, e ela disse que me convidaria para uma conversa sobre meio ambiente. Falei que eu entendia muito mais que ela do assunto. Até hoje estou esperando o convite”, disse Apolo.

 


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