Até a divulgação das conversas, Vargas estava entre os coordenadores de campanha de Gleisi ao governo e atuava como um dos principais negociadores de possíveis alianças com outros partidos no Estado. Na linha de frente da pré-campanha está também o presidente estadual da legenda, Enio Verri. Segundo o dirigente, uma reunião na próxima semana deve ser realizada para discutir como ficará a situação do deputado.
"Não sei se vai permanecer ou não na coordenação. Acredito que neste momento ele deve priorizar a defesa dele, o que acho natural. Consequentemente não terá tempo para ajudar na coordenação, essa é minha opinião", afirmou Verri ao Broadcast Político. "O cenário muda, lógico. Embora a posição do André é de não renunciar e fazer o debate com a sociedade sobre as acusações que está recebendo.
Apesar de uma série de eventos de pré-campanha realizados nos últimos meses no Estado com a presença de André Vargas, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, afirma que não há uma coordenação de campanha. "A Gleisi não tem campanha. É só a partir de junho, portanto, não tem coordenação de campanha", minimizou o ministro. "Como vai ficar a situação do partido, do André, vamos ver ainda, não sei", acrescentou.
Na tarde de hoje, o Conselho de Ética da Câmara deve instaurar um processo disciplinar contra o deputado licenciado. O pedido de abertura de um processo por quebra de decoro parlamentar foi feito pelos partidos PSDB, DEM e PPS na última segunda-feira após novas revelações sugerirem uma sociedade entre o parlamentar e o doleiro Alberto Yousseff. O processo tem previsão de durar 90 dias úteis no Conselho e pode levar à cassação do parlamentar. (.