O relatório
da PF reúne indícios de que Youssef operava uma engrenagem em que, de um lado, eram coletados recursos de fornecedores da Petrobrás.
A Investminas é uma controlada da GPI Participações e Investimentos S.A., presidida por Leoni Ramos, conforme mostra balanço da empresa publicado no ano passado. Essa mesma GPI é a empresa que arrematou, com Furnas, a concessão da hidrelétrica de Três Irmãos - cujo contrato teve a assinatura suspensa por determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).
A PF suspeita de uma sociedade, no âmbito da Labogen, entre a GPI, o doleiro e a Linear Participações e Incorporações Ltda. O laboratório teria como foco o fornecimento de produtos químicos para a Petrobrás, além da tentativa de fornecer medicamentos para o Ministério da Saúde.
Questionada, a GPI, controladora da Investminas, informou que "a MO Consultoria realizou um serviço mediante um contrato cujo objeto foi cumprido." Segundo a empresa, trata-se de um contrato legal, para o qual foi emitida nota fiscal, com todos os tributos recolhidos.
A GPI informou que, de fato, recebe u uma proposta de negócio em março de 2013. "Na época, a GPI se interessou pelo negócio e, como é de praxe no mercado financeiro, assinou um contrato de promessa de compra e venda e outras avenças."
Pelo acordo, a GPI ficaria encarregada de duas ações. A primeira, a implantação física da Labogen, um investimento de R$ 1,958 milhão que foi realizado e que ela espera ter de volta. A outra, comprar parte da Labogen, o que não ocorreu.
A nota não explica por que o diretor da GPI João Mauro Boschiero aparece, numa troca de e-mails interceptada pela PF, pedindo a dois executivos da Labogen que deletem mensagens, acrescentando que "as citações que foram feitas derrubam nosso projeto".
.