O senador Randolfe Rodrigues, pré-candidato do PSOL à presidência da República, disse que, diante da segunda etapa da Operação Lava-Jato, deflagrada nesta sexta-feira, 11, pela Polícia Federal, torna-se inevitável a aprovação de uma CPI exclusiva para investigar a Petrobras no Congresso Nacional. "É uma necessidade cada vez mais urgente", afirmou o parlamentar, em Porto Alegre, onde participou de seminário do partido. Pela manhã, agentes da PF cumpriram mandados de busca e apreensão em cinco cidades do Sudeste como parte da apuração de negócios da estatal com a empresa Ecoglobal.
Para o senador, a base aliada do governo federal deveria desistir de obstruir a criação de CPIs e "concordar o quanto antes" com a instalação de diversas comissões. Randolfe reconheceu que, assim como o PSDB, o PSOL quer uma CPI exclusiva para a Petrobras. Mas, diferentemente dos tucanos, também quer CPIs exclusivas para outros temas, como o caso dos trens de São Paulo.
O seminário de construção programática de Porto Alegre é o quarto que o PSOL promove em capitais estaduais. O quinto está previsto para segunda-feira no Rio de Janeiro. O pré-candidato do partido afirma que a semelhança entre os três principais concorrentes - Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) - pode favorecê-lo na corrida presidencial. "Vamos nos distinguir deles dialogando com a população e suas reivindicações, como tarifa zero no transporte urbano e mais investimentos em educação e saúde", afirma Randolfe.