Na primeira parte do depoimento, Graça esclareceu que duas grandes consultorias apontaram oportunidades de a Petrobras operar no Golfo do México. Em fevereiro de 2005, segundo ela, a companhia recebeu correspondência da Astra propondo parceria.
Houve ressalvas, como é normal que as consultorias façam, reiterou a presidente da Petrobras, lembrando que o Citigroup entregou manifestação sobre avaliação financeira. "É preciso lembrar que estávamos às vésperas da crise mundial, que surpreendeu", disse. "O ativo precisa ser comparado com pares, com contexto do ambiente de negócios."
Graça explicou que em 3 de fevereiro de 2006 o conselho autorizou a compra de 50% de Pasadena. Naquele ano começou o relacionamento conflituoso entre as partes. A Petrobrás então propôs comprar os outros 50% de Pasadena "porque entendemos que parceria não prosperaria.
Em 2007 e 2008 a Petrobras seguiu desenvolvendo o projeto de reforma de Pasadena e em outubro de 2008, destacou ela, a estatal assumiu a integralidade das operações e recorreu à Justiça contra a parceira belga Astra Oil.
O painel arbitral deu conclusão sobre Pasadena em abril de 2009, mas ambas questionaram. "Pagamos US$ 554 milhões por 100% de Pasadena. Pela trading (comercializadora) foram pagos US$ 341 milhões. "O maior valor pago pela Petrobras foi o conhecimento que a Astra (trading) tinha na região".
Resultado positivo
Graças Foster contou aos senadores que atualmente a refinaria de Pasadena opera com segurança e no primeiro trimestre de 2014 já deu resultado positivo. Durante a exposição inicial em audiência pública a duas comissões do Senado, ela disse que a estatal já reconheceu perdas com a refinaria da ordem de US$ 530 milhões..