A presidente da Petrobras, Graça Foster, afirmou, nesta terça-feira, que a estatal “não é uma quitanda”. Ainda segundo ela, a empresa é “séria e distinta”, além de respeitada internacionalmente pela qualidade de seus serviços. A declaração de Foster foi em resposta ao senador Pedro Taques (PDT) que durante seus questionamentos fez tal afirmação. A presidente da estatal presta esclarecimentos às comissões de Assuntos Econômicos (CAE) e de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA) do Senado sobre a compra da refinaria de Pasadena, no Texas, EUA.
Sobre a gestão da estatal, Graça Foster, afirmou que somente no ano passado foram economizados cerca de R$ 6,5 bilhões, o que traria competitividade perante as outras empresas. Ela ainda declarou que a produção de refinados está crescendo aproximadamente 7% neste ano. Foster afirmou que a definição de preços e os custos têm riscos e que essas variáveis ainda estão sujeitas às oscilações do mercado.
Graças Foster voltou a defender a presidente Dilma Rousseff, afirmando que a decisão sobre Pasedena não é de responsabilidade exclusiva de Dilma. “O conselho foi responsável pela compra dos 50%”, defendeu. A presidente da estatal argumentou que o conselho “jamais aprovou a compra dos outros 50%” e que a informação sobre as cláusulas que levaram a obrigação de adquirir a outra metade só chegou em junho de 2008. “É absolutamente certo que a cláusula da Put Option e Marlim não foram levadas ao Conselho de Administração da Petrobras. Quem tem obrigação de leva-las é sim o diretor da área internacional. Na época era o Nestor Cerveró”, afirmou. Sobre a compra da primeira parte de Pasadena, ela disse que naquele momento as margens nos EUAs eram “bastante interessantes”.
Mais cedo, ainda durante a mesma sessão, a presidente da Petrobras, reconheceu mais uma vez que a compra da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), no presente momento, não foi um "bom negócio" para a estatal. Ela repetiu que o resumo executivo que embasou a decisão do conselho não fazia menção a cláusulas "extremamente importantes" para a tomada de posição da estatal.