Dilma já havia feito a comparação durante encontro com lideranças juvenis e hoje voltou a dizer que a sociedade precisa se manifestar para pressionar o Congresso Nacional a aprovar novas regras para o sistema político, com participação popular.
Ela reconheceu que a proposta feita pelo governo após as manifestações de junho do ano passado, de realizar um plebiscito sobre a reforma política, foi “um insucesso” no Congresso Nacional, mas avaliou que o debate serviu para ampliar a discussão sobre o tema.
“Assim como no caso das Diretas, o sucesso não foi imediato.
A presidente ressaltou que o governo não tem a correlação de forças suficiente no Congresso para aprovar as mudanças sem pressão popular. “Para ter essa correlação de forças, a sociedade, em diferentes instâncias, tem que se manifestar. Caso contrário, é ilusório supor que chegaremos à reforma política com consulta popular”, avaliou. “Tenho convicção de que vamos avançar nesse tema.”
Além de defender a avaliação sobre a reforma política, Dilma falou sobre outros pactos nacionais lançados pelo governo após as manifestações do ano passado, entre os quais os da mobilidade urbana, da estabilidade fiscal, da saúde e da educação.
A presidente voltou a defender a política econômica do governo, que, segundo ela, garantiu o controle da inflação, dentro do limite da meta, e a manutenção do crescimento diante da crise financeira internacional.
Ao fazer um balanço dos investimentos em mobilidade urbana, Dilma reconheceu que o programa do governo “não é perfeito”, mas que tem conseguido avançar e reverter o atraso de décadas de falta de investimento na área. “ tem muitos atrasos.
Quanto às promessas para a educação, a presidente citou avanços em iniciativas como o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), mas ressaltou que é preciso investir mais para valorizar os professores e ampliar a rede de creches e escolas em tempo integral.
Ao abordar o Pacto Nacional pela Saúde, Dilma fez um balanço positivo do Programa Mais Médicos, que contratou 14 mil profissionais para trabalhar na atenção básica à saúde e disse que o próximo desafio do setor é integrar a rede privada para atuar complementarmente aos serviços do Sistema Único de Saúde..