Conforme revelou o jornal
O Estado de S. Paulo
em março, a presidente Dilma Rousseff, na época presidente do conselho, admitiu não ter tido acesso, no resumo que recebeu dele, às duas cláusulas que embasaram a compra da metade da refinaria. Dilma disse que não aprovaria a operação se soubesse de todas as informações.
Na reunião do conselho, Cerveró disse ter feito uma apresentação sobre os principais aspectos da refinaria. Ele disse que não se recorda de quais perguntas ouviu no encontro, mas destacou que esse é um procedimento normal. Cerveró afirmou que a Diretoria de Abastecimento, na época ocupada pelo diretor Paulo Roberto Costa, participou da operação da compra de Pasadena.
Segundo o ex-diretor da Área Internacional da Petrobras, para justificar a participação da outra diretoria, a área que ele dirigia não tem técnicos de todos os setores. Cerveró destacou que a principal atividade da diretoria que comandava era a exploração e a produção de petróleo. "Paulo Roberto participou, assim como toda a diretoria", declarou.
Costa foi preso na Operação Lava Jato, da Policia Federal (PF).
Documentos
Cerveró afirmou também que encaminhou todos os documentos referentes à compra da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), para a diretoria da estatal. Contudo, ele disse que não era sua responsabilidade fazer o encaminhamento da documentação ao Conselho de Administração da Petrobras.
"Se foi encaminhado e o Conselho de Administração tomou conhecimento, a responsabilidade não é minha porque não era responsabilidade de cada diretor fazer o encaminhamento", afirmou. Conforme revelou o
Estado
, a presidente Dilma Rousseff, na época presidente do Conselho de Administração, admitiu não ter tido acesso, no resumo que recebeu de Cerveró, a cláusulas que embasaram a compra da metade da refinaria de Pasadena. A presidente disse que não aprovaria a operação se soubesse de todas as informações..