As estratégias pensadas no Congresso são baseadas nas três possibilidades de decisão de Rosa Weber: enterrar de vez a CPI, acatado o mandado de segurança impetrado por petistas; entender pelo argumento da oposição e defender a comissão exclusiva da Petrobras; ou manter o que decidiu a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e mandar instalar a CPI "combo", a saída encontrada para desviar o foco e blindar a presidente Dilma Rousseff, além de tentar atingir os adversários Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB).
Mais do que se colocar como fiel aliado de Dilma, as atitudes do presidente do Senado têm origem em uma preocupação clara: as devassas na estatal podem respingar em aliados seus. O presidente do Senado é padrinho político do presidente da Transpetro, Sérgio Machado, que manteve encontros com o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, quando este já havia deixado a petroleira e operava negócios na iniciativa privada, conforme indicam a agenda e cadernos de anotação do ex-executivo apreendidos pela Polícia Federal na Operação Lava Jato..