Um tema que já virou recorrente e rendeu grandes polêmicas em campanhas eleitorais apareceu mais cedo este ano.
Na campanha eleitoral de 2010, o tema entrou na pauta dos então candidatos Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) no fim do primeiro turno da disputa, realizado em 3 de outubro. No horário eleitoral já para a segunda etapa de votação, ocorrida em 31 de outubro, o tucano disse sempre ter condenado o aborto e afirmou ter valores cristãos. Por sua vez, Dilma, a vencedora da disputa, desmentiu acusações do adversário de que seria favorável à interrupção da gravidez e que vinha sendo vítima de “campanha caluniosa”.
O aborto só deixou de orbitar a disputa do segundo turno quando alunas da mulher de Serra, Mônica Serra, relataram que a professora contou ter interrompido uma gravidez no período em que o casal estava no exílio, no Chile, em 1973. A Justificativa para o aborto, ainda conforme a aluna da mulher de Serra, teria sido a ditadura. Mônica Serra era professora de dança na Universidade de Campinas (Unicamp) e revelou a história em sala de aula em 1992.
Em Aparecida, Campos afirmou não conhecer ninguém que seja a favor do aborto.