A intenção é convidar o ex-presidente da empresa José Sérgio Gabrielli e convocar o ministro Edison Lobão (Minas e Energia) caso a atual presidente da companhia, Graça Foster, não compareça à Câmara, como tinha sido previamente acordado.
O ciclo de depoimentos é uma tentativa de aumentar a pressão por uma CPI exclusiva para apurar temas ligados à Petrobras: a compra da refinaria de Pasadena, a suspeita de pagamento de propina a funcionários da Petrobras pela empresa holandesa SBM Offshore, a construção de refinarias, entre elas a de Abreu e Lima, em Pernambuco, e a entrada em operação de plataformas inacabadas.
O governo tenta ampliar o foco e impor uma CPI ampliada que inclua apurações sobre cartel no setor metroviário de São Paulo e o Porto de Suape, em Pernambuco - numa tentativa de atingir o PSDB de Aécio Neves e o PSB de Eduardo Campos, ambos pré-candidatos à Presidência.
O caso foi levado ao Supremo pela oposição pedindo a instalação imediata da investigação.
Desde o dia 15 o processo está somente nas mãos da ministra. "Acredito que a ministra vai dar uma decisão respaldando a Constituição e o direito da minoria de investigar a Petrobras", disse Mendonça Filho, líder do DEM.
A oposição na Câmara espera contar com o apoio do "blocão" formado por partidos descontentes na base para manter o tema em pauta. O líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), afirma que há um acordo para que Graça Foster compareça à Câmara e que seu partido apoiará a convocação de Lobão caso isso não aconteça. .