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Estado de Minas

Deputados querem explicações de Mantega sobre Pasadena no início de maio

Mantega será convidado, nos próximos dias, pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara


postado em 23/04/2014 13:28

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, vai explicar, no próximo dia 14, qual foi o seu envolvimento na confecção da ata de reunião do Conselho de Administração da Petrobras sobre a aquisição da Refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. Mantega será convidado, nos próximos dias, pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CREDN) da Câmara, que aprovou nesta quarta-feira o requerimento. Como o ministro já falaria no próximo dia 14 sobre o assunto, o colegiado decidiu que vai formalizar o convite mas fará a audiência com outras comissões.

No mesmo pedido foi incluído o nome de Luís Inácio Lucena Adams, advogado-Geral da União, para falar sobre o mesmo negócio. O requerimento original que tinha sido protocolado pelos deputados tucanos Duarte Nogueira (SP) e Antonio Imbassahy (BA) tinha o status de convocação - o que poderia aumentar a indisposição já instalada entre governo e Congresso desde que as denúncias sobre negócios da Petrobras começaram a ser divulgadas pela imprensa. Diante do apelo da base governista, os autores cederam e aceitaram transformar o requerimento em convite.

A comissão também aprovou nesta quarta-feira, por 18 votos a dois, o convite que será enviado a José Sergio Gabrielli, ex-presidente da Petrobras, e ao ex-diretor da Área Internacional da empresa, Nestor Cerveró, que é apontado como o responsável pelo resumo executivo que embasou a decisão sobre a compra da refinaria.

Gabrielli foi hoje alvo de requerimentos em três comissões. Além da CREDN, o ex-dirigente da estatal ainda será ouvido, em uma audiência conjunta, pelas comissões de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio e a de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC). O interesse em ouvir novamente Gabrielli surgiu depois que o ex-dirigente deu novas declarações sobre a compra de Pasadena, afirmando que a presidenta Dilma Rousseff que na época comandava o Conselho de Administração da empresa, deveria assumir a responsabilidade na autorização do negócio.

No próximo dia 30, a presidenta da Petrobras, Graça Foster, que já esteve no Senado para falar sobre o mesmo assunto, voltará ao Congresso para prestar novos esclarecimentos aos deputados da CFFC. A presença de Foster era aguardada na tarde de hoje, mas assessores da empresa afirmaram que não foi possível compatibilizar a agenda e confirmaram a nova data.


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