O PSDB mineiro não se amedrontou com o anúncio da aliança entre PMDB e PT nas eleições estaduais.
Apesar de o flerte dos tucanos com peemedebistas não ter surtido efeito, o presidente do partido em Minas, deputado Marcus Pestana, afirmou que não há razão para temer o crescimento dos petistas. “Nós mostramos que gostaríamos de abrir diálogo para construir um projeto para o futuro, mas a nossa posição é muito confortável e sólida”, ressaltou. O parlamentar disse que o governo do PSDB fez importantes alianças nos últimos 11 anos e citou o senador Aécio Neves, pré-candidato ao Planalto, como forte influência. “Temos o maior líder de Minas Gerais candidato à Presidência, o que vai mexer com o imaginário mineiro. Porque Minas pode voltar ao centro das decisões nacionais.”
Desde março, o PSDB tentava negociar apoio com o PMDB em Minas. Pestana esteve na sede do partido para oferecer participação na chapa majoritária, além de espaço nas chapas para deputado estadual e federal. Mesmo com a negação à proposta, ele disse que a maioria das bases do PMDB tem mais “afinidade” com o PSDB e lembrou que os tucanos enfrentaram o mesmo cenário nas últimas três eleições estaduais.
“Desde 2002, a maior parte de prefeitos, vereadores e deputados nos apoiou, ainda que formalmente o PMDB estivesse ligado ao PT. Eles sempre tiveram aliados, mas nós ganhamos as três disputas.”
Segundo Pestana, a legenda tem uma boa imagem consolidada, o que não será afetado pela decisão do PMDB. “Temos o ex-governador (Antonio) Anastasia, que está com mais de 50% de intenção de votos para o Senado. E temos apoio de 20 partidos, o que nos dá maioria absoluta de prefeitos, vereadores e deputados. Nosso palanque tem luz própria”, completou..