Na noite dessa quarta-feira (23), Rosa Weber acolheu pedido da oposição para que a investigação não fosse ampla, como queria o governo. A decisão é liminar e o mérito será julgado no plenário do STF. Enquanto isso, porém, Renan é obrigado a cumpri-la e instalar a CPI.
"Desde o primeiro momento, busco o entendimento sobre o alcance das CPIs respeitando o sagrado direito da minoria. Se fatos podem ser acrescidos durante a apuração, entende-se que muito mais eles são possíveis na criação da CPI. (...) Diante da imperiosidade de pacificar o entendimento em torno da matéria, o Senado Federal recorrerá da liminar ao plenário do STF", registrou Renan, na nota.
Nos bastidores, Renan ajudou a elaborar a estratégia do governo de ampliar a CPI como uma forma de protelar as investigações sobre a Petrobras. A base aliada, liderada pela senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), questionou o fato de a oposição ter listado quatro objetivos de apuração para a CPI. A alegação é de que o regimento interno do Congresso prevê um objeto único de apuração.
O Senado entendeu que a investigação poderia ser ampla e, então, a base incluiu as supostas fraudes em licitações de trens e metrô de São Paulo no objetivo da CPI.
Entre os objetivos de investigação da CPI exclusiva, a oposição lista: a compra da Refinaria de Pasadena, no Texas; denúncias de propina a funcionários da empresa; problemas em construções de refinaria, como a de Abreu e Lima, em Pernambuco; e supostas más condições de trabalho às quais seriam submetidos empregados da Petrobras..