O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, defendeu nesta sexta-feira que os estados tenham autonomia para definir sua legislação penal. Segundo ele, “a legislação penal do Rio não pode ser igual à legislação penal do Acre” e pediu “flexibilidade” para os estados em algumas políticas públicas. “A gente tem que ter leis mais duras aqui, mais rígidas”, defendeu.
Pezão também se solidarizou com a família do dançarino Douglas Rafael da Silva Pereira, conhecido como DG, mas ponderou que é necessário esperar que todas as investigações sejam finalizadas para se ter certeza do que ocorreu.
“Nunca se cortou na carne tanto quanto o nosso governo cortou. Nós demitimos ou prendemos mais de 1.200 policiais. Se alguém cometeu algum desnível, algum abuso, vai ser punido. Agora, não vamos prejulgar. Vamos esperar todo o laudo terminar”, finalizou.
O governador ainda comentou que o município de Niterói está recebendo reforço de policiamento devido ao aumento da criminalidade na região, mas alegou ainda é cedo para se pensar em uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) na cidade. Ele disse que, primeiro, serão instaladas duas companhias destacadas da Polícia Militar nas comunidades do Fonseca e Cavalão na próxima semana.
“Primeiro [serão instaladas] as companhias. Se precisar, vai ser igual na Mangueirinha, em Caxias [Baixada Fluminense]. Começou com uma companhia, depois viu-se que era necessário fazer uma UPP e fizemos. No caso da Chatuba [na zona norte do Rio], fomos com uma companhia quando houve aquela chacina [em 2012], e apenas a companhia está atendendo muito bem à comunidade”, completou.