“Estamos já com a certeza da existência do programa em sua terceira fase. As condições, os números e os volumes de recursos serão objetos de trabalho, tanto na área do governo quanto na área empresarial, com as contribuições dos movimentos sociais, de todos aqueles envolvidos dentro do programa”, disse o ministro das Cidades, Gilberto Occhi.
Apesar da indefinição sobre os números, o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), Paulo Safady Simão, adiantou que o Minha Casa, Minha Vida 3 deverá prever a construção de 3 milhões de unidades habitacionais. A segunda fase do programa, que está em vigor e tem metas até o fim de 2014, prevê 2,75 milhões de residências.
Segundo Occhi, mais de 2,4 milhões de unidades habitacionais do Minha Casa, Minha Vida 2 já foram entregues ou estão contratadas. Até o fim do ano, o governo deve entregar ou contratar cerca de 400 mil.
O anúncio da terceira etapa antes da conclusão da atual fase é importante para o planejamento das construtoras, segundo Simão, representante do setor. “O processo de construção de programa como esse não é uma coisa simples, começa na busca do terreno, na compra, na contratação, na elaboração dos projetos, dos licenciamentos, é um prazo muito longo. É importante que tenhamos esse sinal agora em junho para que os empresários possam se movimentar e, ao longo do tempo, estar formando as novas unidades”, avaliou.
Perguntado sobre o possível caráter eleitoreiro do anúncio a poucos meses da disputa presidencial de outubro, Simão disse o setor considera o Minha Casa, Minha Vida um programa de Estado, que deve ser mantido independentemente dos resultados eleitorais. “Pelo contrário, vejo até com uma obrigação do governo deixar isso implantado.”
O Minha Casa, Minha Vida financia casas e apartamentos para famílias com renda até R$ 5 mil por mês.
Com Agência Brasil .