O presidente estadual do PSB, deputado Júlio Delgado, avalia que existe um sentimento majoritário dentro do partido de manter o acordo firmado entre o pré-candidato socialista à Presidência da República, o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, e o pré-candidato tucano, Aécio Neves, de que o PSDB não lançaria candidatura em Pernambuco e o PSB faria o mesmo em Minas. “O partido tem essa simetria com Pernambuco, onde o PSDB apoia o candidato de Eduardo. Por isso, a situação em Minas tem que ser tratada com excepcionalidade”, diz Delgado.
Mesmo apontando que a legenda respeita a decisão da Rede em apresentar um nome para a eleição, o parlamentar ressalta que a confirmação ou não do nome de Apolo ao governo estadual será analisada pelo PSB. “É a Rede que está dentro do PSB. O que vai prevalecer é o sentimento da maioria do partido, hoje majoritariamente pela manutenção do acordo entre Eduardo e Aécio. Vamos discutir com os novos companheiros, respeitando a posição deles, mas a decisão do partido deverá ser acatada. Conversei com o Apolo alguns dias atrás e ele tem uma posição que será respeitada, mas terá que se submeter à vontade da maioria”, afirma o Delgado.
‘SENTIMENTO’ Para convencer os correligionários a apoiar o lançamento de seu nome, Apolo questiona o pacto firmado entre os pré-candidatos e cobrará uma mobilização maior da ex-senadora Marina Silva, que já declarou apoio ao seu nome.
O ambientalista avalia que a disputa por votos entre Campos e Aécio para chegar ao segundo turno deve se acirrar nos próximos meses, o que pode obrigar o PSB a revisar suas posições em pleitos estaduais. “Eduardo e Aécio estão guerreando, e a área de conflito entre os dois está aumentando. Percebo também que há um espaço para a alternativa do jogo pesado de cooptação e de mentira que dominou o Brasil do PSDB e do PT. Acredito que o PSB vai mudar de posição em nome de minha candidatura”, diz Apolo.
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