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Estado de Minas

Rede complica situação do PSB ao defender candidatura de ambientalista ao governo de MG

Insistência de candidatura própria mostra disputa interna no partido, que se comprometeu a apoiar tucanos em Minas


postado em 29/04/2014 06:00 / atualizado em 29/04/2014 07:00

Júlio Delgado, líder do PSB:
Júlio Delgado, líder do PSB: "Convenção do partido é que vai decidir" (foto: Cristina Horta/EM/D.A Press - 10/4/14 )
A disputa interna no PSB, com uma ala do partido defendendo o lançamento da candidatura do ambientalista Apolo Heringer Lisboa ao governo de Minas, e outra, o apoio ao candidato do PSDB Pimenta da Veiga, deve se estender até a convenção partidária socialista. Um dia depois de a Rede Sustentabilidade confirmar a indicação de Apolo para o pleito, em convenção realizada na Câmara Municipal de Belo Horizonte, integrantes do PSB voltaram a defender, nessa segunda-feira, em reunião da Executiva Estadual, o apoio da legenda ao ex-ministro tucano para comandar o Palácio da Liberdade a partir de 2015.

O presidente estadual do PSB, deputado Júlio Delgado, avalia que existe um sentimento majoritário dentro do partido de manter o acordo firmado entre o pré-candidato socialista à Presidência da República, o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, e o pré-candidato tucano, Aécio Neves, de que o PSDB não lançaria candidatura em Pernambuco e o PSB faria o mesmo em Minas. “O partido tem essa simetria com Pernambuco, onde o PSDB apoia o candidato de Eduardo. Por isso, a situação em Minas tem que ser tratada com excepcionalidade”, diz Delgado.

Mesmo apontando que a legenda respeita a decisão da Rede em apresentar um nome para a eleição, o parlamentar ressalta que a confirmação ou não do nome de Apolo ao governo estadual será analisada pelo PSB. “É a Rede que está dentro do PSB. O que vai prevalecer é o sentimento da maioria do partido, hoje majoritariamente pela manutenção do acordo entre Eduardo e Aécio. Vamos discutir com os novos companheiros, respeitando a posição deles, mas a decisão do partido deverá ser acatada. Conversei com o Apolo alguns dias atrás e ele tem uma posição que será respeitada, mas terá que se submeter à vontade da maioria”, afirma o Delgado.

‘SENTIMENTO’ Para convencer os correligionários a apoiar o lançamento de seu nome, Apolo questiona o pacto firmado entre os pré-candidatos e cobrará uma mobilização maior da ex-senadora Marina Silva, que já declarou apoio ao seu nome. “Tem cabimento um acordo secreto sobre quem vai governar Minas imposto ao PSB por um presidente nacional lá de Pernambuco? Isso não fere o sentimento dos mineiros? Esse acordo não é de conhecimento público, e acredito que não é do interesse do PSB, já que em Minas temos três vezes mais eleitores do que em Pernambuco. A Marina está apoiando, mas terá que fazer um combate mais forte. Ela e Eduardo Campos poderão valorizar mais essa pré-candidatura, que está ganhando força”, argumenta.

O ambientalista avalia que a disputa por votos entre Campos e Aécio para chegar ao segundo turno deve se acirrar nos próximos meses, o que pode obrigar o PSB a revisar suas posições em pleitos estaduais. “Eduardo e Aécio estão guerreando, e a área de conflito entre os dois está aumentando. Percebo também que há um espaço para a alternativa do jogo pesado de cooptação e de mentira que dominou o Brasil do PSDB e do PT. Acredito que o PSB vai mudar de posição em nome de minha candidatura”, diz Apolo.

 


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