Além de prometer reduzir a inflação, o tucano disse que pretende também restabelecer o tripé macroeconômico construído pelo governo do PSDB, na gestão do então presidente Fernando Henrique Cardoso. "É possível reduzir a inflação desde que haja mudança de governo", frisou Aécio, para uma plateia composta por representantes do PIB brasileiro que lotou o auditório do Itaú BBA.
Desde às 8 horas da manhã, antes de sua fala, o senador esteve reunido com grandes empresários para um café da manhã, onde expôs o receituário de seu partido para enfrentar os principais gargalos da economia brasileira. Aécio fez questão de estar acompanhado do ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga, cotado para ser seu ministro da Fazenda caso vença a próxima corrida presidencial.
No auditório, uma faixa anunciava a palestra escrevendo em letras garrafais o nome de Aécio Neves e, embaixo, o de Armínio Fraga. O evento, que começou por volta das 10h30, teve um momento de euforia, quando saiu a pesquisa da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), feita em parceria com a MDA. O levantamento mostrou uma queda de quase 7 pontos porcentuais nas intenções de voto da presidente Dilma Rousseff (PT), de 43,7% em fevereiro para 37% em abril, e uma recuperação no índice de intenção de voto do senador tucano, que subiu de 17% para 21,6%.
Ao sair da palestra, que foi fechada para jornalistas, Aécio traduziu o sentimento do empresariado, que ficou animado com os números da atual pesquisa CNT/MDA. "Percebo, mesmo nos setores do empresariado brasileiro próximos ao atual governo, a constatação dos perigos que representariam mais quatro anos deste mesmo modelo (da gestão petista)."
Nas críticas à presidente Dilma Rousseff, Aécio disse que o atual governo "flexibilizou e deteriorou o tripé macroeconômico estabelecido pelo PSDB com uma "maquiagem fiscal que impede que o superávit real seja aferido". "O governo da presidente Dilma falhou na condução da economia, pois esta gestão jamais focou no centro da meta de inflação", disse.
Para Aécio, o atual grupo político que governa o País perdeu a capacidade de construir uma agenda positiva e de discutir propostas com sua própria base de apoio.