A administração de Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, teve mais uma reviravolta nesta terça-feira. Pela segunda vez, uma liminar do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) devolve o cargo de prefeito da cidade a Cássio Magnani Júnior (PMDB) - conhecido como Cassinho -, e sua vice, Maria de Fátima Monteiro de Aguiar (PT). Após ser cassado no ano passado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e ter a decisão confirmada neste mês, Cassinho foi novamente conduzido a função por uma liminar do ministro João Otávio Noronha, do TSE. O peemedebista e a vice foram condenados por abuso de poder. Os dois também foram declarados inelegíveis por oito anos em sentença de setembro de 2013.
Magnani foi reconduzido ao Executivo de Nova Lima no dia 08 deste mês, após a primeira liminar do TSE. Ele a vice ficaram poucos dias à frente da prefeitura, quando foram novamente retirados do cargo com a confirmação da sentença pelo TRE. Na decisão anterior, a Justiça Eleitoral de segunda instância determinava que o segundo colocado nas eleições de 2012, Vítor Penido (DEM), deveria assumir o cargo, mas, devido os recursos apresentados, quem estava no comando da cidade era o presidente da Câmara Municipal, Nélio Aurélio (PMDB). Aurélio acabou reassumindo o comando da cidade pela segunda vez, e, hoje, mais uma vez, foi substituído por Cassinho que não perdeu tempo e já reassumiu a cidade durante a tarde desta terça-feira.
A ação contra Cássio e Maria de Fátima foi movida pelos segundos colocados nas eleições de 2012, Vitor Penido de Barros (DEM) e Luciano Vitor Gomes (PSL), e pelo Partido Democratas (DEM). Ele foram acusados de abuso de poder político em três ocasiões: ao permitirem a cessão de uso de terrenos públicos a particulares, pela permissão de cessão de uso de terreno público à Igreja Quadrangular e pela promessa de tablets a estudantes, práticas “ocorridas ostensivamente no ano eleitoral”, de acordo com a sentença do ano passado.