Jornal Estado de Minas

Minas está entre os estados com menos mulheres no comando das prefeituras

De acordo com pesquisa IBGE, apenas 8,3% municípios são administrados por gestores do sexo feminino

Marcelo Ernesto
O baixo número de mulheres que disputa as eleições reflete diretamente na quantidade de candidatas que conseguem se eleger.
Do total de 5.570 municípios no país, apenas 675 (12,1%) são administrados por mulheres. Em Minas Gerais, esse número é ainda menor. Das 853 vagas de administradores das cidades, somente 71 são ocupadas por representante do sexo feminino. O percentual de 8,3% de prefeitas no estado está abaixo da média nacional. A informação consta na Pesquisa de Informações Básicas Municipais de 2013(Munic), divulgada nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Apesar da quantidade reduzida de mulheres no comando das cidades, o atual índice é o maior já apurado na pesquisa do IBGE. No início da série histórica, em 2001, apenas 6% dos municípios eram comandados por pessoas do sexo feminino, passando para 8% em 2005.
No último levantamento, realizado em 2009, 9% das cidades já eram comandadas por prefeitas. Apesar de baixo, o quadro atual corresponde a um aumento de 100% de presença feminina nos Executivos municipais.

A proporção de gênero ainda apresenta diferenças quando comparados os estados. Entre os que possuem menor percentual de prefeitas, fazem companhia a Minas Gerais os estados Amazonas e Rondônia. A Região Sul do Brasil é a que registra menos mulheres no comando. Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul têm menos de 10% de administradoras. Já no Acre, na Região Norte, nenhuma mulher foi eleita para ser chefe do Executivo.

A administração feminina está concentrada principalmente nos municípios menores. Nas cidades com população de até 50 mil habitantes, 14% são comandados por prefeitas. Já nas localidades com mais de 500 mil habitantes, o percentual de mulheres à frente do Executivo cai para apenas 3%. .