Se nos bastidores da política a briga pelo Palácio do Planalto já começou, a grande maioria dos brasileiros continua alheia a ela.
Questionados sobre a expectativa para os próximos seis meses, o combate à violência parece ser o ponto mais preocupante: 40,3% dos entrevistados disseram que a segurança pública deve piorar, quase o dobro dos 21,6% que acreditam em uma melhoria nos índices de criminalidade. Em relação à educação, 28% acham que vai melhorar, pouco superior aos 25,8% que acreditam em uma piora. Mas 44,1% responderam aos pesquisadores que deverá manter os mesmos índices.
O crescimento do país foi avaliado pelos eleitores.
O levantamento tratou ainda das áreas de emprego e renda. Sobre o primeiro, 30,2% acham que vai melhorar, mas 26,4% esperam um piora e 40,6% acreditam vai manter os mesmos índices. A expectativa em relação à renda do brasileiro é menor: 25,1% acham que pode haver uma melhora, contra 18,1% que apostam em queda. Mais da metade daqueles que participaram da pesquisa (53,6%) avalia que nada vai mudar.
O custo de vida é, aliás, um ponto negativo na pesquisa. Para 79,1% está mais caro viver no Brasil, número infinitamente maior que os 3% que apontaram uma queda no quesito. Outros 17,5% responderam que permaneceu igual, enquanto 0,3% não souberam ou não quiseram responder à pergunta dos entrevistadores. O que mais encareceu o sustento da família foi a alimentação (70,8%), tarifas como água e energia (9,8%) e moradia (5,6%).
Saúde
Sobre o que esperam do próximo presidente da República, os entrevistados responderam melhorias na saúde pública (79,9%). Em seguida vem a educação (47,4%), segurança (37,7%) e emprego (12,4%). Pelo menos na opinião dos eleitores ouvidos pela pesquisa, o governo parece estar no caminho certo no que diz respeito ao principal programa lançado recentemente para melhorar a saúde, o Mais Médicos.
Embora há dois meses a aprovação fosse 10 pontos percentuais maior, o programa recebeu o apoio de 74,8% dos que responderam ao questionário, contra 18,7% daqueles que desaprovam a vinda de médicos estrangeiros para o Brasil. Não souberam ou não responderam 6,5%. Sobre a capacitação dos profissionais, 63,2% acreditam que eles são qualificados e 22,5% avaliam que não.
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