Num cenário eleitoral com os candidatos dos chamados partidos nanicos, as chances de um segundo turno aumentam. Dilma teria no primeiro turno 36,5%, Aécio 21,5%, Eduardo Campos 11,2% e José Maria Eymael (PSC) 0,6%, enquanto os demais somam 0,8%. No comparativo com a pesquisa realizada em fevereiro, Dilma registrou uma queda de 6,7 pontos percentuais (ela foi preferida por 43,75 dos entrevistados há dois meses), enquanto Aécio Neves cresceu 4,6 pontos percentuais e Eduardo Campos teve uma oscilação positiva de 1,9 ponto percentual – abaixo da margem de erro. O número de quem pretende votar em branco ou nulo manteve-se estável: 20,4% em fevereiro e 20% neste mês.
A pesquisa apontou três cenários para uma eventual disputa em segundo turno. Nos dois em que a presidente Dilma Rousseff está presente, ela seria reeleita com folga, embora a diferença para os adversários tenha caído em comparação ao levantamento feito em fevereiro. Contra Aécio Neves, a petista venceria por 39,2% e 29,3%. Já em uma disputa com Eduardo Campos, a petista levaria 41,3% dos votos, bem acima dos 24% destinados ao pernambucano. Sem Dilma Rousseff na disputa, Aécio Neves levaria melhor: teria o voto de 31,3% dos eleitores, contra 20,1% para Eduardo Campos. Esse é o cenário com maior número de votos brancos ou nulos (32,9%) e indecisos (15,7%).
Desempenho
Um dos fatores que podem explicar a queda da presidente Dilma na preferência do eleitorado é a própria avaliação do seu governo: a pesquisa mostra um equilíbrio entre aqueles que consideram a gestão da petista positiva (32,9%) e negativa (30,6%). Entre o total de entrevistados, 5,9% classificam o governo como ótimo e 27% como bom. Já 16,3% apontaram a administração federal como péssima e 14,3% ruim. Em fevereiro, 36,4% consideravam o governo bom ou ótimo e 24,8% ruim ou péssimo.
O desempenho pessoal de Dilma também sofreu uma queda: se em fevereiro 55% aprovavam a presidente, este mês o índice é de 47,9%, enquanto a desaprovação da petista cresceu de 41% para 46,1%. Talvez por um reflexo disso, 28,1% dos entrevistados tenham afirmado que querem que o próximo presidente da República mantenha “totalmente” ou a “maioria” das ações adotadas pelo atual governo.
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