Em pouco mais de 12 minutos de pronunciamento, afirmou que quer “favorecer aqueles que vivem da renda do seu trabalho”. Anunciou o envio de medida provisória ao Congresso que modifica a tabela do Imposto de Renda – nos últimos anos, a correção tem sido de 4,5%. “Assinei também um decreto que atualiza em 10% os valores do Bolsa Família recebidos por 36 milhões de brasileiros beneficiários do programa Brasil sem Miséria, assegurando que todos continuem acima da linha da extrema pobreza definida pela ONU”, disse Dilma.
Alvo de embate com adversários, a política de valorização do salário mínimo, por sua vez, foi usada como arma para contra-atacá-los. Num discurso alinhado com o marqueteiro João Santana e com o aval do ex-presidente Lula, Dilma respondeu veladamente a série de críticas disparadas por seus adversários. “Algumas pessoas reclamam que o nosso salário mínimo tem crescido mais do que devia. Para eles, um salário mínimo melhor não significa mais bem estar para o trabalhador e sua família, dizem que a valorização do salário mínimo é um erro do governo”, disse. “Nosso governo nunca será o governo do arrocho salarial, nem o governo da mão dura contra o trabalhador”, continuou a presidente.
Após a sequência de mais de um mês de notícias negativas acerca da Petrobras, que contribuíram para sua queda nas pesquisas, Dilma defendeu “combate incessante e implacável” à corrupção.
Dilma falou ainda de “aumentos localizados de preços” ao prestar contas sobre inflação. Atribuiu a alta em sua maioria a eventos climáticos e disse que os efeitos disso são “temporários”. “Posso garantir a vocês que a inflação continuará rigorosamente sob controle.”.