Ele informou que o médico particular de Genoino ficará à disposição para acompanhar o paciente, mas questionou a falta de profissionais do Estado. "O sistema penitenciário é que deveria prover a todos os internos o atendimento de saúde", completou.
O médico particular de Genoino, Geniberto Paiva Campos, disse que, no momento, ele está muito bem. "Os meses que ele ficou recolhido à sua residência com acompanhamento familiar foram muito bons para ele", disse. Para o médico, entretanto, a cardiopatia de Genoino é "gravíssima" e o sistema penitenciário não é o local adequado para tratar um paciente com esse quadro de saúde.
Campos ressaltou que o ex-deputado fez exames ontem, que demonstraram bom estado de saúde e pressão arterial controlada. Segundo ele, a maior preocupação é a coagulação do sangue, que ainda não está controlada e exige controle na dosagem da medicação.
Antes de sair de casa para se entregar, de acordo com sua amiga e ex-assessora Débora Cruz, Genoino não demonstrou preocupação com possíveis complicações do seu estado de saúde.
Genoino foi condenado pelo STF a 4 anos e 8 meses de reclusão pela prática do crime de corrupção ativa. A pena deve ser cumprida em regime semiaberto. Preso em novembro, após o início da execução das penas dos condenados do mensalão, Genoino ficou preso menos de um semana no complexo da Papuda. Alegando problemas cardíacos, ele foi transferido para um hospital em Brasília e depois para prisão domiciliar. Ontem, no entanto, com base em laudo médico que atestou que o quadro de saúde do ex-deputado é estável e não grave, o presidente do STF, Joaquim Barbosa, ordenou que Genoino voltasse à prisão..