Brasília – O governo sentiu o golpe e o possível retorno negativo nas urnas com as críticas da oposição ao reajuste de 10% nos benefícios do programa Bolsa Família. Em resposta, a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Tereza Campello, disse que o “questionamento (aos critérios de reajuste) é eleitoreiro”, que a análise dos adversários é “irresponsável” e “leviana” e chegou a sugerir que quem condenou as medidas – publicadas ontem no Diário Oficial da União – não sabe fazer conta. Tereza confirmou que o gasto adicional será de R$ 1,7 bilhão, em 2014, e R$ 2,7 bilhões, em 2015, mas que isso não trará impacto negativo, porque já estava previsto no Orçamento.
A ministra do MDS explicou que, na atualização, não se leva em conta apenas a variação do dólar ou da inflação. “Temos que ser sérios, inclusive no que se fala. Temos que fazer as contas, sem dar chute e falar bobagem. As políticas brasileiras não podem variar de acordo com o dólar”, assinalou a ministra.
INVESTIMENTOS A partir de 1º de julho, segundo informou a ministra, o benefício médio do Bolsa Família será de R$ 167, para 36 milhões de famílias, quantia bem superior aos R$ 94 repassados quando a presidente Dilma chegou ao governo. E o parâmetro que definirá a linha de extrema pobreza passará de R$ 70 para R$ 77.