Apesar da aparente unidade em torno do nome de Dilma, o encontro petista foi palco para críticas ao modo como a presidente faz política no comando do País. Nas várias reuniões paralelas ao evento principal, dirigentes estaduais reclamaram da indisponibilidade de datas na agenda de Dilma para atos políticos em suas regiões. Romênio Pereira, do Movimento PT, corrente com forte presença em Minas Gerais, reclamou também da hegemonia paulista na coordenação da campanha à reeleição. “É uma coordenação muito paulistanizada.
Setores à esquerda do partido discordaram do texto sobre diretrizes do programa de governo alegando que o documento elaborado pelo assessor especial da Presidência, Marco Aurélio Garcia, dá muito espaço aos temas do governo e relega a agenda do partido.
‘HISTÓRICA’ O governador da Bahia, Jaques Wagner, classificou de “histórica” a noite de ontem, quando a pré-candidatura de Dilma foi formalizada. “É a reeleição da classe trabalhadora.” Wagner lembrou que, em 2010, “o povo baiano lhe deu 2,780 milhões de votos. E agora, o povo lhe conhece mais, lhe reconhece mais por todo o trabalho feito”, disse. Wagner afirmou que a eleição será dura e, dirigindo-se aos militantes, pediu empenho. “Enquanto eles (oposição) destilarem ódio, devemos destilar alegria”, afirmou. O governador lembrou os ataques que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sofreu e disse que a militância precisa se empenhar também na defesa de Dilma. “Assim como falavam na época do Lula, ‘mexeu com o Lula, mexeu comigo’, vamos falar agora: ‘a Dilma é minha amiga, mexeu com ela, mexeu comigo. O PT é meu partido, mexeu com ele, mexeu comigo’”, afirmou..