A presidente Dilma Rousseff disse em jantar nesta terça-feira com jornalistas que tem certeza que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a apoia neste momento, apesar dos movimentos por setores do próprio PT que defendem a volta do ex-presidente ao Planalto, em seu lugar, nas eleições de outubro. Questionada sobre o que pensava sobre o momento seguinte, respondeu: "vocês estão buscando ambiguidade e eu não acredito nisso".
"Eu tenho a certeza dele e ele está acima destas questões", declarou a presidente. "Eu e Lula temos uma relação muito mais forte do que vocês imaginam. Quem viveu junto, intensamente tantos anos, todas as horas e dificuldades, sabem que a relação é positiva e que não é possível uma ruptura", declarou, tranquila a presidente, sem demonstrar qualquer preocupação com as especulações. Dilma assegurou que os dois nunca conversaram sobre uma possibilidade de Lula poder voltar ao poder.
Após assegurar que "não ficou chateada" com as especulações do "Volta Lula", observou que a imprensa está lendo as palavras do presidente de forma diferente que ela. Para Dilma, não há ambiguidade nas palavras do ex-presidente nem quando ele diz que se decidir alguma coisa, sem explicitar o que se trata, a primeira pessoa a saber será a atual presidente.
Para 2015, o projeto é mais educação, redução das desigualdades e crescimento do País.
Sobre se prefere disputar segundo turno com Aécio Neves, pré candidato do PSDB, ou Eduardo Campos, do PSB, a presidente Dilma Rousseff esquivou-se de responder: "sem preferência". E brincou: "por favor, sem cascas de banana". Diante da insistência dos jornalistas, completou: "não acho nada".
Dilma disse que defendeu seu governo no pronunciamento em 1.º de maio e vai continuar defendendo.
Depois de lembrar que Bolsa Família é tratado como eleitoreiro, a presidente desabafou: "quem não tem compromisso com os mais pobres acha que é besteira por dinheiro no Bolsa Família". Para ela, ao contrário do que dizem, o modelo do Bolsa Família não está esgotado.
Para Dilma, quando a população sai às ruas se queixando, "não é ingratidão". "Todos queremos melhorar e queremos mais e a presidenta da República é que nem o povo, sempre quer mais"..