A Convenção Fraternal das Assembleias de Deus no Estado de São Paulo (Confradesp) poderá cassar o título de pastor do deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP). O religioso e político está sendo alvo de uma investigação interna após dar uma entrevista à revista Playboy no mês de abril. Na publicação, Feliciano afirmou que alguns homens sentem tara por sexo anal, mas que nunca fez. O pastor também declarou que já experimentou cocaína e que não conseguiu utilizar maconha porque teria se “engasgado”.
Nessa terça-feira (6), o Ministério do Belém no Estado de São Paulo, órgão consultivo da Assembleia de Deus que reúne oito mil pastores, decidiu abrir uma apuração contra Marco Feliciano no conselho de ética. A investigação pode terminar com uma advertência ou até o “descredenciamento pastoral”, ou seja, a expulsão do religioso da igreja. A assessoria do pastor disse que ele não falaria sobre o caso, mas que considera normal um “pedido de explicações”.
Na entrevista de oito páginas, Feliciano também declarou seu antigo sonho de ser presidente do Brasil. Aliás, o religioso chegou a ser cotado como candidato do partido. O PSC avalia, no entanto, que por conta da notoriedade obtida pelo religioso no ano passado, quando presidiu a Comissão de Direitos Humanos na Câmara, ele seja um “puxador de votos” em São Paulo.
Sua passagem pela Comissão rendeu diversos protestos de grupos sociais organizados, como os movimentos gay, feminista e negro.