"Representamos a voz de milhões de venezuelanos que pedem liberdade", disse Lugo, que é estudante de arquitetura. Ele afirmou que a atual situação do país sul-americano não configura um estado de democrático direito. "Se não querem chamar (o regime) de ditadura, tudo bem. Mas não o chamem de democracia", disse.
Os três relataram ter participado de reuniões com estudantes da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) no início desta semana e que a passagem de Caracas à capital paulista foi custeada por um grupo de estudantes venezuelanos. Eles alegaram que, embora peçam a saída de Maduro da presidência venezuelana, não representam partidos políticos e que tampouco defendem nomes da oposição.
Em São Paulo, foram abordados por pessoas ligadas ao pré-candidato ao Palácio do Planalto Pastor Everaldo, do PSC, legenda que arcou com as despesas do deslocamento do trio a Brasília. Os três estudantes foram levados por parlamentares e funcionários do PSC a comissões e tiveram um rápido encontro com o presidentes da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). No final desta tarde, devem tentar falar também com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
Enquanto estavam sendo conduzidos pelo Congresso pela comitiva do PSC, os estudantes disseram esperar um posicionamento do Legislativo brasileiro sobre a situação vivida no país e pediram que as autoridades brasileiras não façam "vista grossa" diante a crise venezuelana.
Maduro é o sucessor do líder venezuelano Hugo Chávez, morto em 2013. Ele venceu as eleições convocadas naquele ano, mas desde então enfrenta críticas por problemas como a inflação e o desabastecimento de produtos básicos, cenário que impulsionou protestos violentos nas ruas do país..