Segundo a presidente, gastos com custeios do setor não podem ser mal vistos. "É por isso que tem que gastar dinheiro do pré-sal. Não tem que ter constrangimento para gastar em custeio" disse, destacando a destinação de 75% dos royalties da exploração da camada pré-sal do petróleo para a educação. "Vamos tornar transparente e debater amplamente o uso desses recursos", comentou. Na avaliação da presidente, a educação é estratégica para o Brasil porque "torna permanente e sustentável a melhoria nas condições de renda, consumo e bem estar da população alcançados nos últimos 12 anos".
Em seu discurso, a presidente anunciou ainda verbas para a ampliação do Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), mas não especificou valores. Ela disse que construir outras instalações é necessário para dar condições para que estudantes, como os medalhistas da olimpíada de matemática, tenham condições para cursar mestrado ou doutorado.
De acordo com a presidente, o País tem feito grande esforço para ampliar a educação e que é preciso saber melhor onde se aplicam os recursos de impostos. "Gastar melhor é gastar em educação, na formação técnica, criando cientistas e pesquisadores", comentou. No evento desta quarta-feira, no Rio de Janeiro, foram premiados 500 medalhistas de ouro de todo o País. Segundo o governo federal, a competição envolveu 18,7 milhões de estudantes de 47 mil escolas brasileiras e o objetivo é estimular o ensino da matemática e revelar talentos da área.
O Estado que teve mais medalhistas de ouro foi o de Minas Gerais (149), seguido de São Paulo (109). A cerimônia começou às 15h45, com 45 minutos de atraso. A presidente iniciou seu discurso às 18 horas. A cerimônia tem a participação, entre outros, do prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), e do governador Luiz Fernando Pezão, também peemedebista e candidato à reeleição, citado por Dilma como "parceiro".